Quando eu estava com 7 meses meu marido foi mandado embora do serviço. A empresa é daquelas que não valoriza o funcionário. Pagava um salário inferior ao piso de um empilhador (que é a profissão dele) e não dava nenhuma bonificação. Agente queria mesmo isso. Afinal, tinhamos um bebê a caminho e o salário que ele ganhava dava muito mal para as nossas despesas, imaginem as de um bebê. O dinheiro que ele recebeu fizemos a obra aqui em casa e compramos algumas coisas que faltavam pro Junior. Deus foi tão bom comigo que as coisas grandes nós ganhamos. Meu filho tem guarda-roupas, berço, dois carrinhos e, pasmem, até andador e velotrol (acho que escreve assim). Tinhamos quatro meses de auxílio-desemprego e esperanças de um novo emprego nesse período.
Enfim, o Junior nasceu. Meu marido fazia um extra e complementava a renda. O tempo foi passando. Bota currículo ali, bota currículo aqui e nada! Ele começou a se desesperar e o que eu sabia fazer era pedir a Deus que abrisse uma porta. Mas eu também tinha plena consciência de que o nosso tempo não é o tempo de Deus.
Esse mês é o últimos mês de auxílio e eu via o desespero e a angústia nos olhos do Maicon. Me doía saber disso e não poder ajudar no momento. O Junior tá muito pequeno e exige muito do meu tempo, o que me impede de fazer algumas coisas pra ajuda-lo. Tenho pretenções de trabalhar, mas em casa. Quero cuidar do meu filho, ser mãe em tempo integral meeeeesmo! To com umas idéias, mas isso requer $$. Coisa que, até o momento, não tinhamos.
No domingo, quando cheguei em casa (estava na minha mãe), liguei o som e ouvindo Aline Barros orei muito. Pedi muito à Deus que tomasse frente da situação. Sei que Ele é fiél e mais uma vez me provou isso.
Na segunda o celular do Maicon toca e um conhecido dele dá a resposta de Deus ao meu clamor. Meu marido tinha um emprego!!! Não é na profissão dele, mas é um emprego. A única coisa que eu sabia fazer era agradecer a Deus por essa benção, por Ele perdoar os meus pecados e me abençoar mais uma vez.
O Junior sentiu a falta do pai. Afinal, nesses dois meses de vida ele estava acostumado a ouvir a voz do pai, sentir o cheiro. Até que estamos indo bem sozinhos. To sabendo administrar o tempo sem o maridão. Ontem quando ele chegou, perguntou como eu estava indo, se tinha conseguido almoçar e fazer as coisas. Estou me virando muito bem.
Mais uma vez eu agradeço a Deus por tudo o que Ele tem me proporcionado. Por ter me dado um filho tranquilo, um marido esforçado, uma família abençoada.
Vou deixar a música pra vocês. Espero que ele possa trazer a mesma esperança e fé que trouxe ao meu coração!