02 março 2011

Momento: Grávida Pode...?? Bebida

Grávida pode tomar alguma bebida alcoólica?
Ninguém sabe ao certo o quanto o consumo de álcool durante a gestação pode afetar o desenvolvimento de um bebê, por isso o Ministério da Saúde aconselha que mulheres grávidas abstenham-se das bebidas alcoólicas nesse período.

Alguns médicos, no entanto, adotam uma postura mais flexível, permitindo que suas pacientes tomem, em ocasiões especiais, uma taça de vinho ou um copo de cerveja.

"Vale o bom senso", afirma a médica Rosiane Mattar, professora e integrante da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).

No Reino Unido, as gestantes têm parâmetros mais claros para seguir se decidirem beber, apesar das advertências em contrário tanto do Royal College of Physicians (Instituto Real de Médicos) como do Royal College of Obstetricians and Gynaecologists (Instituto Real de Obstetras e Ginecologistas). Este último aconselha, por exemplo, que, se a mulher quiser mesmo beber, a quantidade ingerida durante a gestação não ultrapasse uma ou duas doses de álcool, uma ou duas vezes por semana.

O fato é que se desconhece qual é o consumo seguro de álcool durante a gravidez. Seria difícil fazer ensaios clínicos para testar os efeitos reais dos diversos níveis de álcool sobre o feto, e além disso as mulheres que bebem durante a gravidez muitas vezes não revelam esse fato aos médicos.

É preciso também levar em conta que o efeito da quantidade ingerida provavelmente difere de mulher para mulher, uma vez que cada organismo metaboliza o álcool de maneira diferente. Sabe-se, porém, que os efeitos dele são maiores em mulheres que fumam, consomem muita cafeína e alimentam-se mal.

A questão do consumo de álcool na gestação é tão séria que, em algumas regiões dos Estados Unidos, uma mulher pode até ser presa por colocar em risco a vida do feto se for constatado que ela bebeu demais.


Quais são os riscos comprovados?                                                                                                      Os pesquisadores já chegaram à conclusão de que o consumo regular de álcool afeta o bebê dentro do útero. Quando uma gestante bebe, o álcool atinge rapidamente o feto através da corrente sanguínea e da placenta.


Mulheres que tomam mais de seis doses de álcool por dia correm o risco de ter filhos com
síndrome alcoólica fetal. Crianças nascidas com essa síndrome sofrem de retardo mental e do crescimento e de distúrbios de comportamento, e apresentam malformações cardíacas e na face.

As mulheres que consomem mais de dois copos de bebidas alcoólicas por dia durante a gestação têm mais chances de dar à luz bebês com problemas de fala e linguagem, de concentração e de hiperatividade, se comparadas àquelas que não bebem. Tais características são conhecidas como efeitos alcoólicos fetais -- uma consequência menos grave, mas ainda assim bastante séria, da ingestão de álcool durante a gravidez.


Quanto é uma dose ou unidade de álcool?

Uma unidade de álcool equivale a:
• 240 ml de cerveja (uma latinha contém 350ml)
• uma taça pequena de vinho
• um cálice de vinho do porto
• uma dose de um destilado como cachaça, vodca ou uísque

É seguro beber ocasionalmente?

Os especialistas não sabem o efeito que alguns drinques, por um curto espaço de tempo no início da gestação, podem ter sobre o feto. Mas eles aconselham precaução e sugerem que, ao descobrir que está grávida, a mulher pare mesmo de beber, ou pelo menos diminua o consumo de álcool para as quantidades descritas acima. Alguns médicos chegam a recomendar que as mulheres cortem as bebidas alcoólicas já quando começam a planejar uma gravidez.

Vale lembrar que um único "porre" isolado durante a gestação pode ser prejudicial ao bebê, mesmo que a mulher não beba mais nada no resto dos nove meses. Se você passou da conta sem saber que estava grávida, não precisa se desesperar. Converse com seu obstetra.



Como posso substituir o álcool?

Se evitar ou diminuir as bebidas alcoólicas parece difícil demais, tente substituí-las por cervejas não-alcoólicas ou coquetéis sem álcool. Experimente água com gás com um pouquinho de limão ou hortelã, e se for a uma festa que tiver bar de caipirinha, aproveite para pedir um drinque diferente sem álcool. Use a criatividade para não sentir vontade.

A doutora Mattar lembra que o "álcool é calórico e também compromete o ganho de peso adequado da grávida". Ela recomenda que, durante a gestação, além de água, as mulheres tomem sucos naturais.
Você pode experimentar também praticar outras atividades prazerosas e saudáveis, como massagens, caminhadas ou exercícios leves.

Peça a solidariedade do seu parceiro para que ele não beba enquanto você estiver grávida, assim você não se sentirá tentada.

Caso receie ter problemas com excesso de bebida, converse abertamente a respeito com seu médico ou solicite a indicação de um especialista no assunto. Ou, para conseguir ajuda confidencial em sua região, ligue para o serviço Viva-Voz da Secretaria Nacional Antidrogas, no telefone 0800 5100015, e descubra o Centro de Atenção Psicossocial mais próximo de você. Você também pode procurar entidades como os Alcoólicos Anônimos, que atendem 24 horas por dia pelo telefone 11 3315-9333.


Tomar Vinho nas Refeições?
Sim, o risco existe. O consenso entre os médicos brasileiros, norte-americanos e da OMS (Organização Mundial da Saúde) é que só NÃO há risco de o álcool afetar o bebê durante a gravidez se a mãe não tomar nada de álcool.

De acordo com o professor de psiquiatra da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) Dartiu Xavier da Silveira, o risco de consequências graves do álcool para o bebê cai consideravelmente quando o consumo é de menos de duas doses de bebida alcoólica por semana, mas existe mesmo assim.

Por outro lado, diz ele, mesmo entre mulheres que consomem bastante álcool, o risco de o bebê sofrer prejuízos, como a grave síndrome alcoólica fetal, é calculado em cerca de 45 por cento.

"Cada organismo reage ao álcool de uma maneira diferente", explica o psiquiatra, que coordena um programa de atendimento a dependentes químicos na universidade, o Proad. E ninguém sabe que jeito é esse.

O que se sabe é que o consumo de álcool é arriscado durante toda a gravidez. Não adianta esperar o período de formação dos órgãos do bebê terminar. O álcool afeta a arquitetura cerebral do feto -- que é muito frágil, porque o cérebro ainda é imaturo --, além de prejudicar o funcionamento da tireóide da mulher, responsável pela regulação do desenvolvimento da criança dentro da barriga. Assim, os danos são imprevisíveis.

Às vezes, o problemas causados pelo álcool podem se revelar só quando a criança é maior, e não consegue ir bem na escola, por exemplo, ou tem problemas de relacionamento. "A síndrome alcoólica fetal pode até predispor a criança à marginalidade, porque ela tem menos oportunidades na vida", afirma o especialista Hermann Grinfeld, pediatra que estuda os efeitos do álcool durante a gravidez. Por isso, beber na gestação é um tiro no escuro.

Caso você sinta dificuldade em abandonar o hábito, converse com o obstetra ou com um profissional da área de saúde mental, como um psicólogo ou psiquiatra, para conseguir ajuda mais especializada.

 
Consumir Alimentos e Bebidas com Cafeína?
O assunto é polêmico, mas os especialistas parecem concordar que gestantes e mulheres tentando engravidar devem evitar grandes quantidades de cafeína. A verdade é que após décadas de controvérsias e estudos apontando resultados completamente diferentes, ainda não há um consenso sobre o quanto de cafeína é seguro se consumir durante a gravidez.

A organização norte-americana
March of Dimes, voltada à promoção da saúde de bebês, aconselha mulheres a limitarem a dose de cafeína a menos de 200 mg por dia. A recomendação segue-se aos resultados de um estudo publicado em março de 2008 pelo American Journal of Obstetrics and Gynecology, mostrando que mulheres que consumiam 200 mg ou mais de cafeína por dia dobravam o risco de passar por um aborto espontâneo se comparadas às que não consumiam cafeína.

No Reino Unido, as autoridades de saúde recomendam que as mulheres não tomem mais que 300 mg de cafeína por dia, o que equivale, mais ou menos, a quatro xicrinhas de café expresso. Uma lata de refrigerante à base de cola contém entre 30 mg e 60 mg.


Nem todos os estudos apontam uma ligação entre cafeína e riscos mais elevados de aborto espontâneo, contudo, neste caso, não custa pecar pelo excesso e realmente limitar o consumo, ou então experimentar bebidas descafeinadas, principalmente no primeiro trimestre de gestação.


Qual o efeito da cafeína no meu corpo?

A cafeína é um estimulante que aumenta o ritmo cardíaco e o metabolismo, o que consequentemente afeta o bebê. Embora estresse constante não seja saudável para o feto, breves momentos -- como os que se seguem ao consumo de uma xícara de café, por exemplo -- não chegam a fazer mal. Para o bebê, a situação é semelhante a você correr para pegar um ônibus, o que igualmente afeta seu ritmo cardíaco e metabolismo.

Quem toma café todo dia sabe que ele pode ser viciante e que grandes quantidades podem provocar
insônia, nervosismo e dores de cabeça. O café é também um diurético, que faz com que o corpo perca água e outros fluidos necessários para manter uma gravidez saudável.

Chás e café também podem prejudicar a capacidade do seu corpo para absorver ferro se consumidos durante uma refeição ou em um intervalo de meia hora antes ou depois dela.


Que bebidas e comidas contêm cafeína?

A cafeína pode ser encontrada em cafés, chás, refrigerantes à base de cola e chocolates. Alguns medicamentos, incluindo aqueles para dores de cabeça, resfriados e alergia, também contêm cafeína. Não tome nenhum remédio durante a gravidez sem antes consultar o obstetra.

A quantidade de cafeína em chás e cafés pode variar bastante, dependendo da maneira como são feitos, mais fortes ou fracos. Veja a lista abaixo para ter uma idéia da proporção de cafeína em algumas bebidas e alimentos:


• 1 xícara (50 ml) de cafezinho coado = 25 mg a 50 mg

• 1 xícara (50 ml) de cafezinho expresso = 50 mg a 80 mg
• 1 xícara (80 ml) de café instantâneo = 60 mg a 70 mg
• 1 xícara (80 ml) de capuccino = 80 mg a 100 mg
• 1 xícara (180 ml) de chá coado = 30 mg a 100 mg
• 1 lata de refrigerante à base de cola = 30 mg a 60 mg
• 1 barra de 60 g de chocolate ao leite = até 50 mg

Gostaria de deixar de consumir cafeína. Alguma dica para largar o hábito?

É possível que seu próprio corpo se encarregue disso. Muitas mulheres vêem sua paixão por café desaparecer no primeiro trimestre da gestação, quando o paladar se altera e a náusea também pode incomodar.

Se você não tiver essa mãozinha da natureza, talvez vá ter que cortar o consumo aos poucos, para evitar dores de cabeça, cansaço, fraqueza e tontura. Tente diminuir pela metade seu consumo diário e veja o que acontece. Se se sentir bem, vá eliminando as outras xícaras do seu dia-a-dia.

Quanto aos chás, experimente fazê-los um pouco mais fracos ou opte de vez pelos descafeinados.

No caso dos refrigerantes, veja se consegue trocar os à base de cola pelos de guaraná ou limão (estes sem cafeína nenhuma na fórmula), ou, melhor ainda, experimente substituí-los por água com gás.


Tomar Chá de Boldo?
Apesar de suas conhecidas propriedades para combater problemas digestivos, pesquisas realizadas com animais demonstraram que o chá de boldo pode ter efeitos negativos no bebê, principalmente nos primeiros três meses, e por isso deve ser evitado por mulheres grávidas.

Os cientistas identificaram que o boldo pode provocar defeitos no bebê dentro da barriga.

Como os estudos específicos relacionando o uso de boldo à gestação são raros, é difícil determinar que dose exata do chá poderia fazer mal ao feto em desenvolvimento, daí ser necessário ter cautela máxima com seu consumo.

Especialistas preferem que até mesmo mulheres que estão amamentando não tomem chá de boldo, para evitar problemas no bebê. O mesmo vale para o chá de carqueja.

Caso você tenha tomado o chá no primeiro trimestre de gravidez, não é preciso entrar em pânico achando que alguma coisa horrível vai acontecer com seu filho. Provavelmente está tudo bem com ele, mas não deixe de mencionar para o seu médico na próxima consulta.


Tomar Chá Verde
A princípio não existe nenhuma contra-indicação para o consumo moderado (não mais que três xícaras) desse tipo de chá ou de outros à base de ervas durante a gestação, já que, quando industrializados, sua composição é bastante diluída.

"O que não pode é fazer manipulação caseira de produtos naturais", explica o ginecologista Mário Burlacchini. Ou seja, nada daquela história de ir passar o fim de semana na casa da tia no interior e trazer um monte de plantas para "fabricar" chá em casa depois, ou atacar a barraca de ervas da feira.

Alguns médicos acreditam que o chá verde, apesar de suas conhecidas propriedades benéficas à saúde devido ao seu alto teor de antioxidantes, possa prejudicar os níveis de ácido fólico no corpo da gestante. E o ácido fólico é um nutriente essencial para a prevenção de defeitos no tubo neural do bebê em desenvolvimento.

Além disso, assim como os outros tipos de chá e o café, o verde também contém cafeína, cujo consumo deve ser limitado na gravidez.

Há também mulheres que tendem a exagerar no consumo de líquidos e com isso têm menos apetite para alimentos nutritivos mais benéficos à saúde da gestante e do bebê. Por último, lembre-se de que os chás podem dificultar a absorção do ferro dos alimentos, o que pode favorecer o surgimento de anemia.

 
Tomar Chimarrão?
Apesar de sua forte tradição na Região Sul do país, é melhor evitar excessos quando se trata de chimarrão, porque ele é uma bebida feita à base de erva-mate, uma planta que contém cafeína (como o café e vários tipos de chá), além de teofilina e teobromina, outras substâncias estimulantes e não recomendadas para mulheres grávidas.

Ao consumir uma bebida com cafeína, a mulher tem seu ritmo cardíaco e seu metabolismo alterados, o que consequentemente afeta o bebê. A cafeína pode fazer com que as veias do corpo se contraiam, diminuindo o fluxo de sangue para a placenta. E, porque passa tão facilmente pela placenta e chega ao bebê, pode diretamente prejudicar suas células em desenvolvimento.

No caso específico do chimarrão, há poucos estudos sobre suas propriedades, portanto nada que evidencie cientificamente se faz bem ou mal às gestantes.

"Qualquer coisa categórica que se diga sobre isso é chute", afirma Maria Teresa Sanseverino, médica geneticista do Sistema Nacional de Informação sobre Teratógenos (Siat).

Segundo ela, "considerando-se a quantidade de cafeína, um chimarrão por dia provavelmente não vai ser prejudicial ao bebê. O que não pode é tomar o dia todo. Tem gente que começa a manhã com um chimarrão e segue tomando até de noite".


Tomar Adoçante?
Os adoçantes artificiais estão entre os ingredientes mais pesquisados presentes nos alimentos de hoje em dia. Embora tenha havido muita polêmica sobre o uso de alguns deles, no geral os estudos indicam que eles são seguros para o consumo durante a gestação em doses moderadas. O Ministério da Saúde recomenda, contudo, que grávidas não usem a sacarina.

Um dos primeiros tipos de adoçante artificial, a sacarina é bem menos usada atualmente. Ainda que não tenha sido provado que causa anomalias em fetos, estudos com animais mostraram que ela pode elevar o risco de câncer de bexiga. Quando uma futura mãe ingere a substância, ela a passa pela placenta para a corrente sanguínea do bebê. A pesquisa com macacos apontou que ela acaba sendo eliminada do corpo do bebê mais vagarosamente do que do corpo da mãe, daí a preocupação de que o feto possa, potencialmente, correr mais risco. Mas não se atormente se tiver usado sacarina antes de saber que estava grávida, já que os possíveis riscos relacionados a um pequeno consumo nas primeiras semanas de gestação são extremamente baixos.


Um outro tipo de adoçante artificial é o aspartame, encontrado em muitas refeições prontas de baixa caloria, guloseimas e bebidas. Seu consumo é considerado seguro para as gestantes, porém deve ser evitado por pessoas que sofram de fenilcetonúria (PKU), uma doença hereditária, ou que tenham alta concentração de fenilalanina no sangue. Isso porque o corpo delas não consegue decompor a fenilalanina, um aminoácido contido no aspartame e cujo acúmulo pode causar retardo mental no bebê. Para se tranquilizar, fique de olho nos rótulos dos produtos.


Mas o principal problema em relação aos adoçantes na gravidez é que as mulheres que os usam podem acabar não consumindo
alimentos e bebidas mais nutritivos. Uma gestante que tome muito refrigerante diet à base de cola, por exemplo, pode não estar bebendo quantidades suficientes de água, leite ou sucos.

Um comentário:

  1. Nossa adorei seu post..super interessante..
    Qdo eu estava gravida tomava só golinhos de caipirinha ou de vinho, mas nao gostava mto não...então era de vez em nunca...

    E vc esta bem?
    Eu estou feliz da vida, curtindo minha bombonzinha em casa...

    bjinhuus

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